Florbela Espanca, Natália Correira e Sophia de Mello B. Andersen foram esposas , mães e grandes poetisas que marcaram a Literatura Portuguesa e são o melhor exemplo do seu sucesso feminino, num mundo dos homens.
São estas as minhas escolhas para comemorar o dia da poesia e a entrada triunfante da Primavera, brindando com um pequeno espaço de poesia, que convido a todas a ler e "beber"cada palavra escrita por essas célebres senhoras.
"E acabada a tarefa, em paz, contente,
Um dia adormecer serenamente
Como dorme no berço de uma criança."
Eu queria,Senhor, poder levar
A paz ao Mundo, a paz a toda a gente,
Fazer-Te conhecer, fazer-te amar.
«E acabada a tarefa, em paz, contente.»
Fugir ao Mundo, à sua confusão,
A todas as loucuras do presente;
De modo que ao partir pudesse então
«Um dia adormecer serenamente.»
É sonho, é utopia, mas... enfim!
(Como é bela a ilusão e doce a esp´rança!)
Eu queria poder dormir assim
«Como dorme no berço de uma criança.»
Florbela Espanca
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Um dia adormecer serenamente
Como dorme no berço de uma criança."
Eu queria,Senhor, poder levar
A paz ao Mundo, a paz a toda a gente,
Fazer-Te conhecer, fazer-te amar.
«E acabada a tarefa, em paz, contente.»
Fugir ao Mundo, à sua confusão,
A todas as loucuras do presente;
De modo que ao partir pudesse então
«Um dia adormecer serenamente.»
É sonho, é utopia, mas... enfim!
(Como é bela a ilusão e doce a esp´rança!)
Eu queria poder dormir assim
«Como dorme no berço de uma criança.»
Florbela Espanca
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Que silêncio é esta voz
Que num soluço suspenso
Chorará dentro de nós?
Oiço o silêncio falar-me
Sempre que me encontro a sós.
Se o silêncio também fala,
«Que silêncio é esta voz ?»
Até entre a multidão
Eu me pergunto e penso:
Há mais sofrer, ou mais mágoa,
«Que num soluço suspenso?»
Como se um rio de dor
Fosse correndo p´ra foz,
Será que o Mundo inteiro
«Chorará dentro de nós?»
Natália Correia
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Houve instantes de força de vontade e de verdade...
Era o cantar de um deus que me embalava
Enchendo o céu de sol e de saudade
Cansada fui sentar-me na campina
Cismando na fraqueza desta idade...
Lembrando que nos tempos de menina
«Houve instantes de força e de verdade.»
Depois adormeci; e um passarinho
Veio pousar ali, onde eu estava;
E o seu canto de amor e de carinho
«Era o cantar de um deus que me embalava.»
Ao acordar assim, agradeci,
Agradeci a Deus tanta bondade.
E a avezinha voou, quando eu parti,
«Enchendo o céu de sol e de saudade.»
Sophia de Mello B. Andersen
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Nota: imagens retiradas da Internet
7 comentários:
Sensacional sua escolha elas são belas poetisas,adorei as poesias que postou tambem.
Minha amiga estou em falha com os amigos blogueiros e hoje tentando colocar tudo em dia.
Muito trabalho e pouco tempo.
Beijos
suzana - li os poemas e achei lindos - existe um detalhe - sou a escoria da escoria aqui no brasil - o mundo de voces sao diferentes. - fiquei arrepiado com o potencial de mexer com sentimentos - sou do ultimo mundo e voce é do primeiro e a poesia pode nós ligar. obrigado pelo post. abraço suzana e muito sucesso em todos os teus objetivos.
Angela: Obrigada pela visita e pelas palavras!
Um abraço, Susana
André: Seja bem vindo ao meu cantinho!
Obrigada pela análise aos poemas e por descobrir o quanto somos diferentes, apesar de falarmos a mesma língua.
Um abraço e volta sempre!
"Queen of all the me, Radiant Light,
life-giving woman..."...!?...linda escolha a tua!...salut!
Oi Amiga Susana
Atrasada, mas só para lhe dizer que adoro poesia, gosto de ler e reler...e em tom de brincadeira direi "com as três velocidades do Algarve:devagar...devagarinho...e parado....
Só assim se pode apreciar
Até breve
Herminia
comecardenovopt.blogspot.com
Minha querida amiga
Como tenho tanta dificuldade em comentar, escrevo sem ter a certeza de conseguir, pois nunca me aceita o comentário, veremos se é desta.
Adorei a poesia e vou deixar-lhe aqui uma minha como prova da minha amizade:
Rendição
Rendida ao cansaço das horas
Travo comigo um diálogo surdo
Há uma dor que me consome.
Um raiva oculta dentro de mim.
Assim?!
Limpo os olhos às mãos chorosas
Estremeço desse tremor absurdo
Dentro de mim palavras clamorosas
E só, sento-me na Vida!
Vencida!
Dou por mim rendida!
Repetindo mais um triste dia
Como palhaço num circo, sem alegria.
Beijinho
natalia
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