Tudo começou há cerca de três anos atrás. Estava à espera de uma oportunidade para ter uma carreira, como docente de Português e de História. Em 10 anos, apenas tinha conseguido leccionar durante 4 anos. A espera tornara-se demasiada e já não aguentava continuar na expectativa de ser, ou não, contratada para substituição a curto prazo. Não podia continuar assim. Precisava de fazer algo para mudar a minha vida, mas não sabia o quê, pois toda a minha vida tinha sido programada para ser professora, como a minha mãe.
Até que um dia, numas férias de Verão, surgiu a ideia de enveredar pela área da promoção do Turismo. “Empurrada” pelo meu marido, passei a ser empresária em nome individual e aventurar-me, com a marca “Susitour”. Durante cerca de nove meses, tentámos promovemos férias no Algarve, quando a crise estava a dar os primeiros sinais. Não estava a correr bem e já estava decidida a acabar com tudo, por muito que me custasse dar esse passo, depois de ter aprendido tanta coisas em que não imaginava fazer, como entrar no mundo de bloggers.
Não me agradava desistir, não depois de ter decidido deixar o ensino. Parei para pensar e analisar a minha vida. Dela retirei uma conclusão: estava a seguir o caminho certo, mas em sentido contrário. Descobri que a minha verdadeira missão estava à minha frente, mas nunca a tinha enxergado. O Algarve já todos conhecem, ao contrário da minha região, a Beira. A região que realmente precisa de ser promovida e valorizada é a Beira, em particular a Mêda, minha terra Natal, onde se encontram alguns tesouros, que merecem ser valorizados e estimados como tal. As aldeias de Marialva e de Longroiva, fazem parte dessas relíquias, pela sua História, Património e pela ligação que eu tenho com elas, das memórias de infância.
Algo me dizia que deveria seguir por aí, começando por explorar a ideia de Marialva, como uma aldeia classificada como Aldeia Histórica de Portugal. Para isso tinha que conhecer o seu conjunto das 12 Aldeias Históricas: confesso que desconhecia grande parte delas. Olhando com olhos de uma verdadeira turista, descobri que havia muito para fazer, especialmente, no que toca na sua promoção turística. Os 8 volumes da Carta de Lazer da Inatel que divulgaram as Aldeias nos anos 90, estavam esgotadas. Não existia um guia turístico que contemplasse as 12 belíssimas aldeias. Estava perante uma oportunidade, que tinha tudo a ver comigo.
Procurei informar-me sobre eventuais apoios para esta ideia. Soube que iria abrir em finais de 2009 o processo de candidatura do Provere das Aldeias Históricas. Eu e o meu marido criámos a empresa na hora com o nome “Olho de Turista” e apresentámos a nossa candidatura, bastante ambicioso, à Associação das Aldeias Hist. P. Depois de pré aprovado pela associação esperámos.
( Na próxima semana descubram a segunda parte da minha história de vida)
3 comentários:
Aguardarei, ansiosa, a 2ª parte da história, pois adoro saber como as coisas começaram, como são fabricadas, como foram criadas.
É incrível o rumo que o destino dá às nossas vidas, apresentando soluções e fazendo-nos enxergar o que estava na nossa frente, mas não percebíamos !
Beijo
Podes crer amiga! às vezes andamos à procura de coisas que estão à nossa frente e não as enxergamos. Muitas vezes é preciso olhar outros horizontes para perceber que afinal temos tantas coisas tão ou melhores do que tanto locais que existem por este mundo fora.
Bjs
Se por aí anda divulgando as histórias...
pode ser que nos encontremos.
Beijocas
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