quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mulher americana: louca, stressada e altamente cotada?

A revista portuguesa "Focus" publicou na semana passada uma entrevista a Camille Paglia, uma ensaísta e escritora americana, professora de Humanidades e Estudo dos Média na Filadéfia e intelectual revolucionária, com apetência para temas como o feminismo.

Imagem retirada da Internet: Camille Pagia

Trancrevo um excerto dessa entrevista, onde fala um pouco sobre a realidade feminina nos Estados Unidos da América, para partilhar convosco:

"(...) F- Tantos anos de pós-feminismo e as mulheres parecem continuar a viver em conflito com os seus diversos papéis. Há solução à vista?
CP. Não. É um dilema terrível quando as mulheres aspiram a ter filhos e carreira. Não por uma questão de discriminação, mas porque a natureza deixou o fardo da gravidez para as mulheres. Vemos nos tempos modernos uma evolução da antiga família ampliada, em que diferentes gerações viviam juntas, rumo ao modelo em que as pessoas vivem isoladas em famílias nucleares, pai e filho, seja mãe divorciada e filho ou mãe solteira e filho. Isso põe as mulheres sob pressão enorme para fazer coisas que antigamente eram feitas pelas parentes. Hoje, quanto mais bem sucedida a mulher, mais distante ela se posiciona desse modelo. Logo, sofre um nível de intensidade nervosa e de exaustão sem precedentes na História. Alguém teve uma avó agitada?


F- As mulheres perdem com isso?
C.P. - Claro. A feminilidade americana hoje é stressada, é louca, é altamente cotada. Todas as mulheres querem ser a Carrie de Sexo e as Cidade. Não acho nada estranho que tantos rapazes bonitos e inteligentes não queiram casar ou sejam gays. O máximo que uma mulher jovem e bem posicionada na carreira tem a oferecer é uma instigante conversa sobre o trabalho ou um empolgante almoço de negócios. É um tédio converssar com elas.(...)
Juliana Linhares
in Focus, nº 495,25/03/ a 31/03/2007,


Esse dilema certamente não se vive só na América.

Cada vez mais a mulher, seja de que nacionalidade for, atravessa esse difícil dilema, em pleno século XXI . Mas será que estamos a correr o risco de sermos "loucas" e desisnteressantes para os nossos namorados ou maridos?
Será esse o preço a pagar por uma carreira bem sucedida?
É urgente parar para repensar as nossas prioridades, enquanto mulheres com carreira e mães de família.

5 comentários:

Marli disse...

Olá Susana! Td bem? Estou passando para uma visitinha e pedir desculpas por ter que excluir o blog "Sweet Parties". Estou com muito trabalho sem tempo para ele, mas continuarei com os outros dois - Sweet Home e Sweet Kitchen, aos quais poderei dar atenção e espero continuar contando com seu prestígio. Bjinhos!

Marli disse...

Querida Susana é muito interessante esta abordagem e nos faz refletir realmente sobre nossas conquistas e concordo que precisamos rever nossas prioridades.Mas de uma coisa estou certa estamos em transição constante e desempenhamos um importante papel nas mudanças de tempos, isso me consola.
Passei por aqui também por sentir sua ausência. Você está bem?
Passe na Sweet Home que tenho um award de presente para você, é só copiá-lo, colocar em seu blog e oferecê-lo para mais sete amigos,Ok!
Uma ótima semana! Bjinhos

Vanessa Anacleto disse...

Este é um comentário convite.
Como vc participou da coletiva O livro da minha vida, estou convidando para mais um evento sobre literatura em 18 de abril no Fio de Ariadne.
Visite o Fio amanhã, 08 de abril e, caso se identifique com a ideia, coloque seu nome na lista e concorra a um livro da Jorge Zahar Editor.

Abraço

Susana Falhas disse...

Marli:Concordo contigo! No meio de tanto stresse, o que nos consola mesmo é o facto de termos um papel importante neste tempos em mudança.
Uma Páscoa Feliz para ti.
Susana

Susana Falhas disse...

Vanessa: É com muito gosto que aceito o teu convite! Vou passar por aí marcar presença.

Até lá uma Páscoa Feliz!
Susana