quarta-feira, 18 de novembro de 2009

PORTUGAL NASCEU NA BEIRA (parte 1)


Licínia Portugal é um nome sonante, fica na mente. É nome de País, terra e gente. Nascida em Cortegaça (Concelho de Mortágua), em 1935, com uma veia artística e outra humana, sempre viveu para os outros e é isso que a fez mover montanhas e pegar no pincel. Pois, Licínia é pintora, mas não só. Apesar da mãe se dedicar à agricultura, os avós e o pai eram industriais na área da madeira. Isso permitiu um grau de escolaridade mais elevado aos 3 filhos do casal (duas meninas e um rapaz). “Gostava muito de pintar, mas não se podia viver das Artes. Então, pensei em Medicina. Contudo, não conseguia lidar com a ideia de não conseguir salvar uma pessoa. Acabei por optar por Farmácia. Da pequena escola de Cortegaça, passeie por Mortágua, Viseu, Coimbra e acabei por me licenciar no Porto em 1959”, conta orgulhosa.
A partir daí, tornou-se uma mulher extremamente dedicada ao trabalho. Dia e noite, nunca parava. Primeiro, foi professora de Ciências Naturais e directora no “Colégio Português” (actual sede da Santa Casa da Misericórdia de Viseu). Na mesma altura, deu o nome a uma farmácia onde trabalhava algumas horas por dia. Esteve alguns tempos no Sanatório de Abraveses (que acabou por fechar) e 18 anos no Dispensário Antituberculoso. De seguida, ingressa para o Centro de Saúde da Sub-Região de Viseu, e finalmente, é escolhida para o Gabinete de Assuntos Farmacêuticos. Todos estes anos, Licínia esteve intensamente ligada ao ramo laboratorial e farmacêutico. Empenhou-se a 100% em análises, inspecções a farmácias e armazéns de medicamentos, entre outras funções. Ainda hoje, é técnica responsável de medicamentos farmacêuticos na AgroViseu. Paralelamente, acalentou o desejo de ter a sua própria farmácia. No entanto, não se concretizou. O marido veio a falecer aos 47 anos num acidente de viação e o sonho esfumou-se.

(Auto-Retrato)

Após residir alguns anos em Mortágua e Tondela, muda-se definitivamente para Viseu, cidade que ama de paixão. Já adulta, a jovem nunca deixou de desenhar, pintar, rabiscar… “Era muito boa aluna a desenho. E desde pequena, gostava de pintar e fazia pequenas coisas em aguarela. Em 1974, comecei mesmo a dar mais de mim à Pintura”, revela. Uma amiga ajudou-a no processo de aprendizagem de certas técnicas, na abordagem de materiais como o barro, etc. “Aos 39 anos, empenhei-me a sério. Sou autodidacta. Aconselharam-me a tirar fotografias, a aprofundar o meu dom, a grande sensibilidade artística que tinha. Assim fiz: comprei livros, fui a exposições…”, explica segura de si. E até aos familiares mais próximos, a artista incentivou o gosto pelas Artes. “Tenho 3 filhas e 6 netos. Tive a preocupação de incutir a todos o prazer das artes, da pintura, do desenho”, confessa com paixão.

Veremos na 2ª parte como a Licínia partilha com todos o seu amor pelas Artes...

7 comentários:

Helena Teixeira disse...

A Licínia é uma mulher cheia de talento,muito doce e muito querida.Adorei conversar com ela :)

Bom fim-de-semana
Jocas gordas
Lena

amitaf disse...

GRANDE LICÍNIA.

Olá Beirãs,boa noite.

É desta "massa" que se fazem grandes mulheres.
Mais uma vez dou os meus parabéns á Leninha,por nos trazer "estas coisas bonitas".

Um beijinho para todas vós.
Fátima

Pitanga Doce disse...

Boa noite Helena! aqui está como gostas. Muito sol, muita praia, chopinho gelado...

Sempre tive pena de não saber desenhar nem pintar. Acho que isso é um dom, principalmente quando nem se faz um curso especializado.
À Senhora Licínia, parabéns.

Helena Teixeira disse...

Olá!
Obrigada Fátima pelos elogios,fico sempre babada :)
Pitanguinha,quero ir para aí.Estou à espera de ganhar ao Euromilhões para fretar um jacto privado ;)

Jocas gordas
Lena

Sandra disse...

Helena vim retribuir a sua visita e participar um pouquinho da vida de Regina.
Vim agradecer o seu carinho lá no blog e lhe dizer que falar da regina foi mexer num linda história de amor.
Relembrar a história de Regina é voltar ao passado e trazer no coração e alma todas as lembranças vivdas na época, por esta guerreira.
Nasce nos olhos uma lágrima. Porque realmente, quando existe um amor verdadeiro e sincero, tudo emociona.
As vezes falta a coragem, de continuar, e assumir, por parte dos homens.
Falar de Regina e reviver um pouco desse amor, que estava guardado, dentro do coração.
Ainda bem que ela não teve a coragem de pratiar o aborto. Pois o seu grande tesouro esta ai para caminhar ladoa lado da Mãe.
É um filho de ouro, que faz tudo por ela. Não mede esforço e nem tempo. Por isso que dizemos, que tudo o que acontece não é por acaso. Tem sempre uma razão de ser.
Fico feliz em ter participado desse momento. embora as lágrimas nascem nos olhos, com esta linda história de amor, que esta guardado no coração e na alma.
Muito obrigada a vc. e a todos que vieram neste dia e vieram ainda compartilhar dessa imensa e adoravel história de amor.
Que muito real e verdadeira.
Tudo nasceu de uma linda hist´roia de amor, vivido a 25 anos atrás.
Parabéns a vc. Regina, que soube ser Mulher, Mãe, e assumir este lindo filho sozinha, sem preconceito. Tua alegria depois foram tantas, que teus amigos passaram a te respeitar muito mais, como Mulher....
Um grande abraço.
Sandra

Sandra disse...

Voltarei amanhã para pegar o selo e postr no blog da interação.
Sandra

amitaf disse...

Olá queridas Beirãs,boa noite.

Não tenho visto o blog,mas hoje cá vim ver se haveria novidades.

Então Leninha???

Parece que isto tem estado parado,as senhoras não têm tido tempo para vir clikar??

Eu não tenho vindo porque a saúde não tem sido a melhor,e como tenho andado em"baixo de forma"não quero "passar" a má forma,para quem precisa que se levante a moral,não é?

Problemas cardíacos.
Ando a fazer vários exames.

Como está a chegar o Natal,aproveito já para mandar a todas uma saudação natalícia.

UM GRANDE NATAL.
Beijinhos.
Fátima